sexta-feira, 29 de março de 2013

ANGOLA TERRA DE PRODÍGIOS...

Uma das facetas que Angola nos mostrava, quando começavámos a assentar as ideias e a perceber as potencialidades, comparando instintivamente com a Metrópole, era a sua grandeza territorial e o seu espólio em recursos naturais.
Eu tinha estudado nos livros todas essas riquezas e especificidades, mas uma coisa é ler, outra é ver "in loco", como se comportava o dia a dia de vivência nesta abençoada terra angolana.
Entre um manancial de temas, cito apenas  três temas, para exemplificar:
Primeiro: A sua riqueza do subsolo em minerios da mais variada especie. Um nas Minas de Cobre do Mavoio, perto de Maquela do Zombo e que na altura em que lá chegámos, estavam encerradas por razões de mercado e de segurança.

Segundo:Aconteceu em 1973, quando na Revista semanal "NOTICIAS", que se publicava em Luanda, esta publicação relatava num artigo, que num local perto de Quitexe, um cidadão "descobriu" que a terra do seu terreno onde plantava uma novidades, mostrava uma tonalidade esbranquiçada, e quanto mais cavava, mais uniforme ficava atextura do terreno. Então de que se lembrou o homem? Mandar analisar a terra num laboratório em Luanda, e qual foi o resultado? A terra analisada, revelava um alto teor de pó de talco em proporçoes tão concentardas e puras que o dito cidadão, acabou por vender a concessão da exploração do seu terreno á firma Johnson&Johnson e ficou milionário de um dia para o outro!!!

Terceiro: Nas minhas férias em Julho de 1973, resolvi ficar em Angola e correr o Pais de Norte a Sul a partir de Luanda. A viagem ia até Porto Alexandre (nome actual Tômbua), e passava por Nova Lisboa, Sá da Bandeira e Moçâmedes. Bem eu já tinha ouvido falar da riqueza dos mares angolanos e dos seus recursos piscatórios,(já comprovados por mim e outros companheiros nas esplanadas e marisqueiras de Luanda) mas quando cheguei a Porto Alexandre, fiquei espantado com o número de embarcações de pesca e de fábricas conserveiras e tratamento do pescado.E um número espantoso de moscas a pairar... Fez-me lembrar de imediato a minha cidade de Matosinhos, que na mesma altura ainda tinha em laboração muitas unidades conserveiras. Com a excepção das moscas!
Quando cheguei a Porto Alexandre, sem querer, coincidiu com uma procissão das velas que se efectuava á noite! E os meus Amigos que me esperavam naquela cidade, lá me convidaram a participar e assim, andei por estas ruas de vela na mão, participando  de modo imprevisto nas tradições locais. E constatei uma hospitalidade que nunca mais esqueci!
Era e é, uma terra com um potencial que só por lá passando,ou de preferência vivendo, nos rendemos a sua generosidade e disponibilidade perante o animal Homem! Muitas outras facetas poderiam ser relatadas, esta três mostram como era, como exemplos...
Assim queiram os angolanos em primeiro lugar!

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